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Cibersegurança: Uma questão necessária para as empresas?

  • Foto do escritor: CdA - Negócios & Consultoria
    CdA - Negócios & Consultoria
  • 8 de ago. de 2023
  • 4 min de leitura

Atualizado: 27 de abr. de 2024


Se fosse um país, o cibercrime seria a terceira maior economia do mundo, com um Produto Interno Bruto (PIB) superior a países como o Japão ou a Alemanha, a estimativa é da Cybersecurity Ventures. Ainda segundo este organismo, perspetiva-se que, o cibercrime continuará a crescer 15% ao ano, conduzindo a custos elevados particularmente para as empresas.



Nos últimos três anos, fruto da pandemia de Covid-19 à escala global, assistiu-se a um acelerar da transição digital da economia, nomeadamente com a adoção por parte do tecido empresarial de medidas de teletrabalho. Em Portugal, em concreto, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), durante o 2.º trimestre de 2020, aproximadamente um milhão e cem mil pessoas executou as suas tarefas profissionais remotamente a partir de casa, destas mais de um milhão e trinta mil utilizaram as tecnologias de informação e comunicação.

Com o aumento do teletrabalho, milhares de empresas a nível nacional viram-se obrigadas a adotar soluções tecnológicas, sem que, no entanto, fossem acauteladas medidas de segurança informática capazes de mitigar possíveis ameaças às suas redes informáticas. Assim sendo, o número de ciberataques tem vindo nos últimos dois anos a sofrer um aumento significativo, nomeadamente de tipologias como, ransomware, phishing / smishing / vishing, DDoS, e burlas online.

Se em 2021, se registou um crescimento de 81% dos ciberataques face a 2020, o ano de 2022 pode ser considerado um annus horribilis, uma vez que, ocorreram diversos eventos de grande impacto a infraestruturas e serviços relevantes.

Com base nos dados revelados no relatório “Riscos & Conflitos 2023”, publicado pelo Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) que transpusemos para a Fig. 1, é possível perceber a dimensão desta problemática.


Figura 1Cronologia de Ataques no Ciberespaço com Impacto Elevado em Portugal, 2022



Uma vez que as atividades maliciosas são uma ameaça à estabilidade de uma sociedade, mas sobretudo ao correto funcionamento da economia, é essencial perceber-se o que é um ciberataque e quais as suas principais tipologias. Apresentamos as respostas a estas questões em seguida.


1. O que é um ciberataque?

A IBM define “ciberataque” como qualquer ato voluntário com a intenção de roubar, expor, alterar, desativar ou destruir dados, aplicações ou outros ativos, através do acesso não autorizado a uma rede e/ou sistema informático ou dispositivo digital.


2. Que tipos de ciberataque existem?

Os tipos de ciberataque variam de um modo geral consoante aspetos como: a finalidade do ataque; quem é a vítima; como é executado, entre outros. Os ataques mais comuns são:

  • Phishing método através do qual, são utilizadas técnicas de engenharia social, com o objetivo de atrair a vítima de modo a, que esta faculte dados pessoais como: número de cartão de crédito, passwords e/ou códigos, e/ou outros. Para tal, o ciberatacante simula ser uma marca credível ou personifica alguém de confiança, como entidades bancárias, organismos públicos, familiares, entre outros.

Esta tipologia de ataque divide-se em duas outras, a ter em conta:

  • Smishing o ataque é realizado através de mensagens escritas;

  • Vishing o ataque é realizado através de chamadas telefónicas, ou mensagens de voz.

A técnica pode também ser utilizada em redes sociais.

  • Malwareutilização de software malicioso, disseminado através de anexos de e-mail, download de arquivos de aparência legítima. Há diferentes tipos de malware, dos quais destacamos:

    • Vírus – programa de replicação automática que se espalha no sistema do computador, infetando os arquivos;

    • Trojan ou Cavalo de Tróia – software malicioso disfarçado de software legítimo, cujo objetivo é causar danos ou recolher informação confidencial;

    • Ramsomware malware que encripta os arquivos e dados do utilizador, com a ameaça de destruí-los, caso o resgate não seja pago.

  • DDoS ou Ataque de Negação de Serviço – provoca a saturação dos sistemas, dos servidores e redes, com o objetivo de esgotar os recursos e a largura de banda.

3. Consequência de um ciberataque

Embora a digitalização da economia se tenha tornado uma necessidade para as empresas, esta acarreta a possibilidade de novas ameaças cujas consequências podem ser devastadoras. Compreender os efeitos de um ciberataque é, portanto, essencial.

Entre as consequências, destacamos:

  • Prejuízos financeiros;

  • Impacto na credibilidade da empresa;

  • Perda de clientes e fornecedores;

  • Perda de dados pessoais e empresariais;

  • Coimas por violação de normas constantes do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) e do Regime Jurídico do Ciberespaço.

4. Benefícios da cibersegurança para as empresas

Apesar do reduzido número de ciberataques declarado pelas empresas portuguesas, os atos maliciosos e falhas de segurança ocupam os lugares cimeiros no estudo “A Visão das Empresas Portuguesas sobre os Riscos 2023”, conduzido pela Marsh.


Como já vimos anteriormente, as repercussões de um ciberataque podem ser bastante nocivas para o crescimento, sustentabilidade e competitividade de um negócio, pelo que, se torna essencial a adoção de medidas de cibersegurança. Assim, a implementação de tecnologia, políticas e procedimentos de segurança, minimiza os riscos contribuindo para a resiliência da empresa.

Vejamos alguns benefícios:

  • Minimização das perdas financeiras;

  • Maximização da produtividade dos recursos humanos;

  • Utilização mais eficiente de recursos;

  • Redução do risco de desconfiança de clientes e fornecedores, logo, de danos reputacionais;

  • Cumprimento dos requisitos legais relativos à privacidade de dados, bem como, do regime jurídico da segurança do ciberespaço.

E consequentemente,

  • Poupança dos custos associados ao controlo de danos e períodos de inatividade organizacional.

Se não sabe como proteger o seu negócio das ameaças online, conte com a CdA.



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